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by Mateus Fernandes | |
Published on: Jun 5, 2004 | |
Topic: | |
Type: Opinions | |
https://www.tigweb.org/express/panorama/article.html?ContentID=3657 | |
“Não acredito que possam ser vencedores aqueles que, conhecendo a força de sua masculinidade, não mantiverem sua flexibilidade feminina.” Man Tum No dia dedicado às que amamos, e a tantas outras que deveríamos amar, preferi ficar em silêncio. Nada falei nem escrevi. Poucos “parabéns” ofertei. Meu silêncio, longe de ser um protesto – porque temos somente um dia para a mulher? – era um momento de admiração. Tirei o dia para contemplar. Contemplei a fragilidade feminina e me deparei com uma força instigante. Não vivi no nascimento do feminismo e nem mesmo conheço a fundo esse movimento. Por isso não falo da força da luta, da força para a conquista. Falo da força do caráter, da força do sorriso, da força do olhar carinhoso. Cada vez mais o mundo, além de admirar tais forças, as requer, as faz necessárias em todos os seus cantos. E cada vez mais percebemos espaços ocupados por espíritos femininos – em sua maioria mulheres. Contemplei a beleza do corpo e percebi a maravilha do espírito. Notei a diferença no modo de ser e agir e pude, enfim, admirar a unicidade inexplicável que há em todas as questões de gênero. Aliás, espero um dia ver todos esses assuntos que ainda chamamos assim serem chamados de questões humanas, questões do ser, questões do agir, questões do estar. Quero ver ambos os gêneros – masculino e feminino – permeando todos os espaços e, principalmente, todas as pessoas. Os parabéns do dia 08 de março devem ir para todos aqueles que possuam sua parte de alma feminina, equilibrado na diversidade e viril em sua tranqüilidade. Parabéns às meninas e mulheres que, antes de serem nossas, são delas mesmas. Seres com jeito de menina, com jeito de menino, com jeito de mundo novo! Pessoas com sabor de “É POSSÍVEL!”. Com pontos de vista e abordagens tão diferentes – e mesmo tão integrais – como podem conviver juntos o homem e a mulher? Mas, num dia tão especial – pela sutileza e não pelo estranho fato de ser único – vejo que essa semelhante diferença, que nos faz igualmente únicos, é que move este mundo, ainda que louco e injusto. Que o mundo seja dos vencedores e que os vencedores possam ser mulheres e homens cada vez mais. Quem sabe um dia tenhamos um mundo vencedor – e então deixaremos de usar essa palavra, pois não haverá perdedor – porque todos nele ganham. ---------------------------------------------------------------------------------------------- Veja outra matéria sobre o Dia Internacional da Mulher em: http://www.protagonismojuvenil.org.br/Noticias/noticia.asp?not=323 « return. |