by Efraim Batista de Souza Neto
Published on: Apr 7, 2008
Topic:
Type: Poetry

Preso a ignorância e a futilidade de um mundo.

Vou vivendo sem sentir-me alienado aos ideais de uma sociedade.

Desespero, fome e miséria atormentam-me a paciência.

Não há esperança de que tudo isso seja arquivado.

O medo é chorado pelo povo.

Não enxergo as lágrimas; pois o que vejo é o derramamento do próprio sangue dos homens.

Dos homens que sofrem com a guerra.

Seriam estes os sussurros ou os gritos de uma gleba desesperada.

Quando a luz vermelha alcança o seu pináculo, chamando-me atenção.

Percebo que é aí que multidões dissipam-se; crianças correm com medo, pois sabem que a maravilhosa luz é a desgraça de seu povo.

Ouço gritos, sussurros e um “BUM”.

O estrondo revela a miséria!

Mulheres, desesperadas, procuram por seus filhos; e os homens choram a vergonha de uma humanidade!

Mas que povo é esse? Que sofre com o tempo?

Que chora a tecnologia do próprio homem.

A terra é semelhante ao seu povo!

Pobre, triste, seca e de cor nublada.

O povo sofre! Não dorme, não come; mas nunca, nunca mesmo, perdem a esperança.

O enfermiço tomou conta do lugar.

Mas nunca impediu que uma pequena Flor Branca suspirasse ao meio de toda essa guerra.

Os homens sofrem!

Crianças, adultos, mulheres e idosos são mutilados.

Mas as suas gerações nunca deixaram, e nunca deixarão que a ESPERANÇA seja suplantada.

Para este povo, a maior guerra é pela sobrevivência!

Hoje, pergunto-me, porque não consegui compreender: que Gleba é essa?

Ainda há ESPERANÇA?

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