![]() |
|
by Remisson Aniceto | |
Published on: Sep 21, 2007 | |
Topic: | |
Type: Poetry | |
https://www.tigweb.org/express/panorama/article.html?ContentID=16135 | |
E eu morro a cada dia quando cada coisa morre. Outrora Deus me socorria; agora já não socorre... Vai um pássaro, coitadinho, de hirtas e opacas asas. Vai com ele um bocadinho da minha alegria tão rasa. Vão-se o amigo, o cão, o gato, o boi, tudo vai nesta infalível jornada. Só fica a angústia do que foi na minha memória cansada. Até um jovem filho se vai sem mesmo saber p´ra onde, na vã liberdade que atrai e mil armadilhas esconde. Nenhuma alegria perdura e todo gozo é passageiro. Só de tristeza há fartura todo dia, o ano inteiro... Quando eu me for (e será breve!) levarei comigo esta carga. Não quero que alguém herde tanta lembrança amarga. « return. |