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	Devo imaginar, nesse momento, em que acordei e, me coloquei diante do meu computador para escrever esse artigo, que, aproximadamente, umas três mil pessoas estejam morrendo e outras seis mil estejam nascendo.  
Talvez nesses quinze minutos em que eu vá gastar para escrevê-lo, muitos irão ver a luz pela primeira vez e outros tantos darão os seus últimos suspiros de vida. 
Diante dessa imutável estatística e dentro deste tempo que eu estarei vivendo, muitos irão rezar para que se chegue ao final de seus sofrimentos e que da felicidade da morte eles encontrem a suas verdadeiras importâncias.  
No entanto, com a vinda da divina providência para pôr lenitivo a essas angustias crescentes, talvez a felicidade de se ter os olhos abertos para este mundo seja menos importante do que fechá-los para a vida. Contudo, também para aqueles que olham para luz pela primeira vez, talvez, o abandono os coloque na lista dos prováveis a ver a luz pela última vez. 
Nessa minha dissertação sobre a vida e a morte, eu começo a mesclar em meus pensamentos, um encontro entre os sorrisos e as lágrimas. Os sorrisos de se pensar: que eu já fui um número dos que nasceram e que a qualquer segundo eu possa ser as lágrimas do número dos que morreram.  
Não fico triste por pensar na morte e de que eu vá morrer em qualquer segundo desse tempo. A vida para mim já é eterna, mesmo que ela se acabe em segundos; pois só mesmo o privilégio de se viver nessa vida, já me tornou em imortal para a outra vida.  
E é pensando na morte que devo fazer um retrospecto sobre a minha vida: 
A partir de hoje eu devo lutar contra os absurdos: de se adiar as decisões para o amanhã; bem como: evitar correr do perigo de se tomar uma providência estratégica e inadiável.  
É pensando na morte que eu devo aceitar o tempo de que me foi dado, para que se cumpra a minha missão na terra.  
Cedo ou tarde a morte virá. 
E é pensando na morte e vivendo a vida a cada instante é que eu estarei preparado para a vida e para a morte e com a plena consciência de que: “qualquer dia será um bom dia para se deixar este mundo” 
 
 
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 Writer Profile 
Tony Pent
  
 
Sou escritor e jornalista
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