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	Encontro-me tantas vezes pensando em ti 
e visualizo tua perfeita forma de mulher, 
o dia a aflorar-te nos lábios de veludo, 
a noite a escorrer-te pela seda dos cabelos. 
Se estás longe de mim, dia após dia 
transformo-te na delícia do fruto que aprecio, 
no frescor da água que me sacia a sede 
e na substância, enfim, que me permite o amanhã. 
Posso te sentir na suave brisa matutina, 
nos primeiros raios do sol que me aquecem 
e ouso ver-te em cada objeto, em cada rosto, 
em cada gota de orvalho da verde grama 
e no ruflar das asas das andorinhas... 
Sou pequenino ante tua presença 
e obscuro ante tua transparência, 
mas mantenho os olhos cerrados 
enquanto o dia corre, 
enquanto a hora vital não chega, 
até que te encontro, nascida do nada, 
florescida, cristalina ante meus olhos, 
e bebo da taça dos teus lábios 
e aqueço-me do sol do teu sorriso 
e me desfaço em infantil alegria... 
E vão-se do meu rosto a sombra e a amargura 
e tudo o que me faz sofrer quando não te tenho. 
Onda que vem 
e que vai 
e vem novamente 
e torna a partir, 
mas que não escoa nunca, 
neste oceano de delícias que é o teu corpo, 
que banha o meu corpo, 
que faz nascente o sol no meu rosto. 
És a delícia, a doçura dos meus dias 
e a cada hora te espero 
para reinar sempre em minha vida.
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 Writer Profile 
Remisson Aniceto
  
 
Nasci em Nova Era, pequena e aconchegante cidade do interior de Minas Gerais. Tão logo aprendi as primeiras palavras comecei a agrupá-las e percebi, encantado, que o efeito era muito bom. Escrevo, ainda que razoavelmente, desde os oito anos e minha preferência é pela poesia, mas me arrisco a emitir opiniões sobre diversos temas. Um dos assuntos que mais me interessam e para o qual recebo muitos pedidos é presevação ambiental. As críticas aos meus trabalhos, favoráveis ou não, serão sempre bem-vindas
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